1 – A
importância do estudo das profecias
Considerando o tempo no qual vivemos atualmente, onde rumores de guerras,
morte, fome permeiam a Terra e a desigualdade social alcança limites nunca
antes imaginados, percebemos que um grande evento precisa ocorrer neste
planeta a fim de colocar um novo estado de ordem. Nós, que cremos na Bíblia
e acompanhamos o cumprimento de suas profecias ao longo da história, podemos
com segurança afirmar que, tal como a Palavra aponta, estamos no limiar da
ocorrência do mais espetacular evento jamais visto neste planeta – a Segunda
Vinda de Cristo nas nuvens com poder e grande glória, sentado à direita do
Todo Poderoso e acompanhado de todo o séquito de anjos celestiais para
buscar todos aqueles seres humanos que um dia aceitaram o plano divino para
a redenção da raça caída.
Comparando os eventos que ocorrem em nosso dia a dia com as profecias
bíblicas, verificamos que este maravilhoso evento está muito mais próximo na
linha do tempo do que a grande maioria dos seres humanos que habitam nesta
Terra imagina. Neste material, verificaremos, à luz da profecia de Daniel 7,
quão próximos nos encontramos deste evento. O testemunho inspirado afirma
que todas as profecias dos livros de Daniel e Apocalipse devem ser estudadas
a fim de que tenhamos uma experiência religiosa mais profunda com Deus:
“Quando os livros de Daniel e Apocalipse forem bem compreendidos, os crentes
terão uma experiência religiosa completamente diferente. Receberão tais
vislumbres dos portais abertos no céu, que a mente e o coração serão
impressionados com o caráter que todos devem desenvolver, a fim de
compreender a bênção que será a recompensa dos puros de coração.”
(Testemunhos para Ministros Pág. 114) (ênfase suprida)
“Os que comem a carne e bebem o sangue do Filho de Deus, trarão dos livros
de Daniel e Apocalipse verdade inspirada pelo Espírito Santo. Porão em ação
forças que não podem ser reprimidas.” (Testemunhos para Ministros, Pág 116)
(ênfase suprida)
À luz dos testemunhos apresentados acima, urge compreendermos a mensagem que
Deus nos deixa para os nossos dias e que encontra-se no capítulo 7 do livro
de Daniel.
2 – Daniel 7 – uma visão histórica
Para iniciarmos o estudo desta profecia, vamos primeiramente ler todo o
capítulo, a fim de nos familiarizar-nos com a mensagem simbólica apresentada
nele:
“1 No primeiro ano de Belsazar, rei da Babilônia, teve Daniel um sonho e
visões ante seus olhos, quando estava no seu leito; escreveu logo o sonho e
relatou a suma de todas as coisas.
2 Falou Daniel e disse: Eu estava olhando, durante a minha visão da noite, e
eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar Grande.
3 Quatro animais, grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar.
4 O primeiro era como leão e tinha asas de águia; enquanto eu olhava,
foram-lhe arrancadas as asas, foi levantado da terra e posto em dois pés,
como homem; e lhe foi dada mente de homem.
5 Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o
qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia
três costelas; e lhe diziam: Levanta-te, devora muita carne.
6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um
leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal
quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.
7 Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o
quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes
dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que
sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e
tinha dez chifres.
8 Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno,
diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste
chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência.
9 Continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e o Ancião de Dias se
assentou; sua veste era branca como a neve, e os cabelos da cabeça, como a
pura lã; o seu trono eram chamas de fogo, e suas rodas eram fogo ardente.
10 Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o
serviam, e miríades de miríades estavam diante dele; assentou-se o tribunal,
e se abriram os livros.
11 Então, estive olhando, por causa da voz das insolentes palavras que o
chifre proferia; estive olhando e vi que o animal foi morto, e o seu corpo
desfeito e entregue para ser queimado.
12 Quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia, foi-lhes
dada prolongação de vida por um prazo e um tempo.
13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as
nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o
fizeram chegar até ele.
14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e
homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que
não passará, e o seu reino jamais será destruído.
15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi alarmado dentro de mim, e as
visões da minha cabeça me perturbaram.
16 Cheguei-me a um dos que estavam perto e lhe pedi a verdade acerca de tudo
isto. Assim, ele me disse e me fez saber a interpretação das coisas:
17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis que se levantarão
da terra.
18 Mas os santos do Altíssimo receberão o reino e o possuirão para todo o
sempre, de eternidade em eternidade.
19 Então, tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que
era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de
ferro, cujas unhas eram de bronze, que devorava, fazia em pedaços e pisava
aos pés o que sobejava;
20 e também a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça e do outro que
subiu, diante do qual caíram três, daquele chifre que tinha olhos e uma boca
que falava com insolência e parecia mais robusto do que os seus
companheiros.
21 Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e
prevalecia contra eles,
22 até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e
veio o tempo em que os santos possuíram o reino.
23 Então, ele disse: O quarto animal será um quarto reino na terra, o qual
será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos
pés, e a fará em pedaços.
24 Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo
reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos
primeiros, e abaterá a três reis.
25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e
cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas
mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.
26 Mas, depois, se assentará o tribunal para lhe tirar o domínio, para o
destruir e o consumir até ao fim.
27 O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu
serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno,
e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.
28 Aqui, terminou o assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito
me perturbaram, e o meu rosto se empalideceu; mas guardei estas coisas no
coração.” Daniel 7:1-28
Após uma simples leitura do texto, percebemos que seu relato é
impressionante. Apresenta uma linguagem essencialmente simbólica e de
difícil compreensão, mas que pode ser entendida à luz de outros textos
bíblicos que nos “decodificam”, por assim dizer o significado de cada um dos
símbolos apresentados nesta visão. Na seqüência deste estudo, iremos buscar
“decodificar” estes símbolos de acordo com a iluminação da Palavra de Deus.
É praticamente um consenso entre aqueles que estudam diligentemente a
Palavra de Deus que esta profecia de Daniel 7 teve um primeiro cumprimento
no passado. A fim de que você, caro leitor, possa se familiarizar com este
primeiro entendimento, apresentamo-lo de forma resumida abaixo. Fazemos isto
porque, para compreender a mensagem que um determinado texto traz para nós
nos dias atuais é interessante compreender qual foi a mensagem que este
texto trouxe no passado, de maneira que possamos efetuar com facilidade os
comparativos entre os entendimentos “anterior” e “atual” e deles extrair
mais conhecimento elucidativo. Apresentamos o entendimento passado em forma
de tabela, a fim de facilitar a compreensão:
Interpretação |
Daniel
7 |
1. BABILÔNIA – primeiro império mundial
(612-539 a. C.) |
LEÃO
Asas de águia (curta duração) – verso 4 |
2. MEDO PÉRSIA – segundo império mundial
(539-331 a. C.) |
URSO
Levantado sobre um lado;
Três costelas na boca (3 reis) – verso 5 |
3. GRÉCIA / MACEDÔNIA – terceiro império mundial
(331-168 a. C.) |
LEOPARDO
Quatro asas (grande velocidade de conquista)
Quatro cabeças (reino dividido em quatro, após Alexandre)
– verso 6 |
4. ROMA PAGÃ – quarto império mundial
(168 a. C. – 476 d. C.) |
ANIMAL TERRÍVEL
Devorava, fazia em pedaços e pisava (longa duração e
conhecido pela crueldade) – versos 7, 8, 23 |
5. ROMA PAPAL 1
(538 d. C. – 1798 d. C.)
|
DEZ CHIFRES E CHIFRE PEQUENO
Chifre com olhos e boca que fala com insolência – papado
medieval – versos 8, 21, 22, 24, 25 |
6. ESTABELECIMENTO DO REINO DE DEUS
(1844 – até a Segunda Vinda) |
REINO DO FILHO DO HOMEM
Juízo investigativo – versos 9, 10, 13
Foi-lhe dado o domínio eterno – versos 14, 22, 26, 27 |
A tabela acima apresenta de forma resumida o
entendimento do cumprimento desta profecia ao longo da história. Existem
variações entre um ou outro ponto entre os principais defensores, mas o
escopo principal da interpretação apresentada acima permanece inalterado
dentro das variantes existentes.
No entendimento histórico, os quatro animais vistos por Daniel e relatados
neste capítulo sétimo são interpretados como sendo quatro impérios cujo
domínio se estendia por todo praticamente todo o mundo conhecido que se
levantaram na Terra. Assim como os animais foram vistos não juntos, mas em
seqüencia (um após o outro), estes impérios se sucederiam. O primeiro
animal, corresponderia ao primeiro império, que foi Babilônia. O segundo
corresponderia ao segundo império, Medo Persa, que derrotou Babilônia e
assumiu o poderia mundial. O terceiro animal, o leopardo, corresponderia à
Grécia de Alexandre, que rapidamente conquistou o paderio, tomando-o dos
Medos e Persas. O quarto animal que tinha dentes de ferro corresponderia ao
férreo império Romano, que seria por fim sucedido pelo que podemos chamar de
“império” ou supremacia papal, que iniciou sua ascenssão por volta do ano
476 d.C. e passar a “reinar” soberano a partir de 538 d.C., estendendo seu
poder por mais de mil anos, até o ano de 1798, quando o general das tropas
napoleônicas francesas Bertier aprisionou o papa inferindo uma chaga mortal
ao poder papal. Pouco tempo depois da queda do poderio papal, dar-se-ia
início ao juízo investigativo no Céu, no ano de 1844, que se estenderia até
pouco antes do segundo advento, quando então o reino e o domínio será dado
ao nosso Senhor Jesus Cristo e dEle nunca mais será tirado, cumprindo a
profecia.
3 – Podemos considerar um entendimento contemporâneo da visão de Daniel
7?
Os eventos que contemplaram o cumprimento histórico desta profecia podem ser
constatados pelo estudo dos livros de história, e seu exato cumprimento
conforme estabelecido na nesta profecia nos asseguram que os eventos
preditos nesta que ainda não se cumpriram certamente se cumprirão em breve.
Muitos de nós, ao contemplarmos a exatidão do cumprimento profético passado
de parte desta profecia poderíamos ser tentados a pensar: “se já constatamos
um cumprimento tão perfeito desta profecia, porque admitiríamos que esta
teria um outro cumprimento que não este? Porque estudaremos novamente toda
esta profecia buscando mais luz para os nossos dias em seu relato?” A
resposta é-nos dada pelo testemunho inspirado. Este afirma expressamente que
a história que se constituiu o cumprimento profético passado das profecias
de Daniel e Apocalipse se cumprirá novamente:
“Estudai o Apocalipse em ligação com Daniel; pois a história se repetirá....
Nós, com todas as nossas vantagens religiosas, deveríamos conhecer hoje
muito mais do que conhecemos.” (Testemunhos para Ministros, Pág 116) (ênfase
suprida)
Tendo como verdade o texto acima, verificamos que precisamos sim re-estudar
a profecia de Daniel 7, bem como as outras profecias dos livros de Daniel e
Apocalipse que tiveram cumprimento no passado, buscando compreender a luz
que estas nos trazem para os dias de hoje, uma vez que a “história se
repetirá”. A Palavra infalível, a Bíblia mesmo declara que a história
terrestre torna-se uma repetição de ciclos de acontecimentos, de forma que o
que ocorreu no passado e foi relatado em forma de narração e profecia pelas
páginas da Escritura ocorrerá novamente como história de nosso tempo
presente:
“ 9 O que foi é o que há de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer;
nada há, pois, novo debaixo do sol.
10 Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Não! Já foi nos
séculos que foram antes de nós.” Eclesiastes 1:9, 10
“Estas coisas lhes sobrevieram como exemplos e foram escritas para
advertência nossa, de nós outros sobre quem os fins dos séculos têm
chegado.” I Coríntios 10:11
O testemunho inspirado também afirma enfaticamente que a luz das profecias
do livro de Daniel foi dada especialmente para estes últimos dias:
“Há necessidade de mais íntimo estudo da Palavra de Deus; especialmente
devem Daniel e Apocalipse merecer a atenção como nunca dantes na história de
nossa obra. ... A luz que Daniel recebeu de Deus foi dada especialmente para
estes últimos dias.” (Testemunhos Para Ministros, Págs. 112 e 113) (ênfase
suprida)
4 – A necessidade de divulgação do
entendimento contemporâneo
O testemunho inspirado nos afirma que, quando ao estudarmos as profecias de
Daniel e Apocalipse recebermos luz sobre o significado de suas passagens,
devemos apresentá-la ao povo:
“Fui instruída de que as profecias de Daniel e Apocalipse devem ser
impressas em livros pequenos, com as necessárias explicações, e devem ser
enviados por todo o mundo. Nosso próprio povo necessita de que a luz seja
colocada diante dele em linhas mais claras.” (Testemunhos para Ministros,
Pág. 117) (ênfase suprida)
“Muitos há que não compreendem as profecias referentes aos nossos dias, e
precisam ser esclarecidos. É dever, tanto do vigia como do leigo, dar à
trombeta sonido certo.” (Evangelismo, Pág. 194.) (ênfase suprida)
“Ergam os vigias agora a voz e dêem a mensagem que é verdade presente para
este tempo. Mostremos ao povo onde nos encontramos na história profética.”
(Testemunhos Seletos, vol. 2, Pág. 323.) (ênfase suprida)
Seguindo estas claras recomendações do testemunho inspirado, escrevemos este
pequeno material.
5 – Uma luz acrescentada sobre a visão de Daniel 7
Conforme vimos pela leitura do relato da visão de Daniel 7 e pela exposição
resumida que apresentamos no capítulo 2 deste material, percebemos que a
profecia retrata quatro animais que se sucedem no poder. São eles:
- Leão – verso 4:
“O primeiro era como leão e tinha asas de águia; enquanto eu olhava,
foram-lhe arrancadas as asas, foi levantado da terra e posto em dois pés,
como homem; e lhe foi dada mente de homem.” Daniel 7:4
- Urso – verso 5:
“ Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o
qual se levantou sobre um dos seus lados; na boca, entre os dentes, trazia
três costelas; e lhe diziam: Levanta-te, devora muita carne.” Daniel 7:5
- Leopardo – verso 6:
“6 Depois disto, continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um
leopardo, e tinha nas costas quatro asas de ave; tinha também este animal
quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio.” Daniel 7:6
- Animal terrível – verso 7:
“Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o
quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes
dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que
sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e
tinha dez chifres.” Daniel 7:7
Quando recebeu a visão, Daniel desejou muito saber o que esta significava.
Por isso, dirigiu-se ao anjo que se lhe apresentava e questionou sobre a
interpretação dos símbolos que viu. Eis o relato bíblico do questinamento do
profeta e do início da resposta dada pelo anjo:
“15 Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi alarmado dentro de mim, e as
visões da minha cabeça me perturbaram.
16 Cheguei-me a um dos que estavam perto e lhe pedi a verdade acerca de tudo
isto. Assim, ele me disse e me fez saber a interpretação das coisas:
17 Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis que se levantarão
da terra.” Daniel 7:15-17 (ênfase suprida)
O anjo disse ao profeta que estes quatro animais representavam quatro reis
que se levantariam da Terra. Para compreendermos esta afirmação, precisamos
fazer uso do método de pesquisa recomendado pelo testemunho inspirado. Um
texto extraído dos testemunhos nos demonstra claramente qual é este método:
“No Apocalipse todos os livros da Bíblia se encontram e se cumprem. Ali está
o complemento do livro de Daniel. Um é uma profecia; o outro uma revelação.
O livro que foi selado não é o Apocalipse, mas a porção da profecia de
Daniel relativa aos últimos dias.” (Atos dos Apóstolos, Pág. 585)
O texto acima aponta inequivocamente para o fato de que o livro de
Apocalipse revela os símbolos contidos no livro de Daniel. Desta forma, para
podermos interpretar as profecias de Daniel precisamos encontrar como elas
são explicadas no Apocalipse.
No caso em questão – o estudo de Daniel 7, verificamos que, ao dizer o anjo
que os quatro animais eram quatro reis que se levantariam da terra, este
está informando que a “terra” é o lugar de origem destes reis, o lugar de
onde eles procedem. Também nos indica qual é a jurisdição sobre a qual estes
governam. Se os reis se levantam da terra, também governam sobre a terra.
Resta-nos saber o que a palavra “terra”, mencionada pelo anjo, significa
para nós nos dias de hoje. Como podemos saber se a palavra “terra” pode ser
entendida literalmente, ou se esta deve ser interpretada simbolicamente?
Encontramos a resposta para esta pergunta pesquisando no livro de
Apocalipse, utilizando desta forma o princípio recomendado pelo testemunho.
Nossa pergunta passa então a ser: o que o Apocalipse nos revela sobre a
palavra “terra” aplicada à profecia? O que esta palavra significa?
Encontramos a resposta em uma profecia deste livro que a menciona. Em
Apocalipse 13:11, lemos:
“Vi ainda outra besta emergir da terra; possuía dois chifres, parecendo
cordeiro, mas falava como dragão.” Apocalipse 13:11
O texto acima relata uma besta, que em profecia também significa “poder”,
que emerge da “terra”. Mais uma vez vemos a palavra “terra” referindo-se à
lugar de origem desta vez no livro de Apocalipse. O testemunho inspirado nos
dá uma descrição clara e inequívoca do significado da palavra “terra” no
livro de Apocalipse:
“Mas a besta de chifres semelhantes aos do cordeiro foi vista a "subir da
terra". Em vez de subverter outras potências para estabelecer-se, a nação
assim representada deve surgir em território anteriormente desocupado,
crescendo gradual e pacificamente. Não poderia, pois, surgir entre as
nacionalidades populosas e agitadas do Velho Mundo - esse mar turbulento de
"povos, e multidões, e nações, e línguas". Deve ser procurada no Ocidente.
Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando
indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do
símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às
especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados
Unidos da América do Norte. ... A besta foi vista a "subir da terra"; e,
segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida "subir" significa
literalmente "crescer ou brotar como uma planta". E, como vimos, a nação
deveria surgir em território previamente desocupado. Escritor preeminente,
descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do "mistério de sua
procedência do nada" (G. A. Towsend, O Novo Mundo Comparado com o Velho), e
diz: "Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos em império."” (O
Grande Conflito, Pág. 440) (ênfase suprida)
Vimos pelo texto acima que o testemunho inspirado aponta claramente que a
palavra “terra”, indicada em Apocalipse, representa os Estados Unidos da
América. Uma vez que o livro de Apocalipse revela o que está escrito no
livro de Daniel, podemos considerar que, se a palavra “terra” representa os
Estados Unidos da América no livro de Apocalipse, também o representa no
livro de Daniel. Assim, entendemos que, ao anjo afirmar que os animais
vistos por Daniel na visão de Daniel 7 eram quatro reis que se levantariam
da “terra”, compreendemos que ele estava a mencionar que quatro “reis”, ou
governantes, se levantariam dos Estados Unidos da América. Uma vez que os
governantes deste país sempre tiveram o título de presidentes, podemos dizer
que o anjo estava a mencionar quatro presidentes americanos. Mas quem seriam
estes presidentes, o que fariam eles quando estivessem em governo e o que os
faz dignos da menção do anjo nesta profecia? Todas estas são perguntas que
precisamos responder à luz da revelação bíblica.
Buscaremos encontrar a resposta para os questionamentos levantados no
parágrafo anterior na análise da própria visão de Daniel. Até o presente
momento estudamos um pouco sobre os quatro animais vistos pelo profeta.
Precisamos também compreender o que representam os dez chifres vistos na
cabeça do quatro animal, bem como quem é representado pelo chifre pequeno e
qual é o papel que este desempenha na história profética. Desta forma,
veremos com mais facilidade qual é o papel desempenhado pelos quatro
presidentes americanos representados na profecia de Daniel 7.
5.1 – Os dez chifres e o chifre pequeno
Nos versos 7 e 8 de Daniel 7 lemos o seguinte
com relação aos dez chifres e o chifre pequeno:
“7 Depois disto, eu continuava olhando nas visões da noite, e eis aqui o
quarto animal, terrível, espantoso e sobremodo forte, o qual tinha grandes
dentes de ferro; ele devorava, e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que
sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele e
tinha dez chifres.
8 Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno,
diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste
chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência.”
Daniel 7: 7, 8 (grifos acrescentados)
Daniel viu que o quarto animal possuía dez chifres. O que significam estes
chifres? Podemos utilizar mais uma vez o princípio dado pelo testemunho
inspirado de que o livro de Apocalipse revela o livro de Daniel, a fim de
obtermos a resposta que buscamos. No livro de Apocalipse, nos capítulos 13 e
17 também temos o relato de um animal, denominado “besta”, que também tinha
dez chifres. O que representam estes dez chifres? Encontramos a resposta
para esta pergunta no capítulo 17:
“Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam reino,
mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.” Apocalipse
17: 12
Segundo nos revela o texto acima encontrado no livro de Apocalipse, os dez
chifres correspondem a dez reis, ou seja, dez governadores, que ainda não
receberam reino, mas receberão o reino, juntamente com a besta, durante uma
hora. Uma hora, segundo o princípio profético de 1 dia por um ano,
corresponde a 1/24 avos de um dia profético, que é igual a 360 dias. Fazendo
a conta: 360 / 24, temos 15 dias. E quem é esta besta mencionada nos
capítulos 13 e 17 do livro de Apocalipse e expressa no verso acima que
estamos por ora analisando? O testemunho inspirado nos diz quem ela
representa:
“No sexto século tornou-se o papado firmemente estabelecido. Fixou-se a sede
de seu poderio na cidade imperial e declarou-se ser o bispo de Roma a cabeça
de toda a igreja. O paganismo cedera lugar ao papado. O dragão dera à besta
"o seu poder, e o seu trono e grande poderio". Apoc. 13:2” (História da
Redenção, Págs. 330, 331) (ênfase suprida)
A “besta” mencionada nos capítulos 13 e 17 de Apocalipse é retratada pelo
testemunho inspirado como sendo o papado, como podemos observar pela leitura
do texto acima. Assim, quando lemos em Apocalipse 17:12 que dez chifres
recebem autoridade como reis com a besta durante uma hora, entendemos que
dez governantes receberão o reino com o papado por uma hora. Como o papado é
governado e regido por seu líder mor, o papa, podemos entender que este
verso nos retrata que dez governantes receberão o reino, juntamente com o
papa, por quinze dias. Sobre quem vão governar estes reis? O que farão estes
reis, ou governantes quando receberem o poder? Ao observarmos o desenrolar
dos acontecimentos durante as últimas décadas da história terrestre,
percebemos que o planeta foi sendo “dividido” em dez partes, que são
atualmente denominadas como sendo dez grande blocos econômicos mundiais. A
informação extraída de um periódico brasileiro nos relata seus nomes, sendo
que entendemos ser pertinente mencioná-los abaixo, juntamente com a menção
de alguns países que os integram:
Bloco
Econômico |
Alguns
Países Membros |
1. ALCA |
EUA e mais 33 países das Américas do Norte, Central e do
Sul |
2. APEC |
Austrália, Brunei, Indonésia, China, Taiwan |
3. ASEAN |
Tailândia, Malásia, Filipinas, Cingapura |
4. CARICOM |
Barbados, Guiana, Jamaica, Trinidad e Tobago, Belize,
Bahamas, Suriname |
5. CEI |
Armênia, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Ucrânia |
6. MERCOSUL |
Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai |
7. NAFTA |
EUA, México e Canadá |
8. PACTO ANDINO |
Bolívia, Colômbia, Equador e Peru |
9. SADC |
Angola, África do Sul, Botsuana, Maçambique |
10.UNIÃO EUROPÉIA |
Alemanha, Espanha, França, Itália, Holanda |
Fonte: Atlante de
Agostini, Banco Mundial
Fundo de População das
Nações Unidas – dados de 1999
Assim, ao
que tudo nos indica, uma vez que os dez blocos econômicos mundiais abrangem
os países distribuídos no globo, há uma probabilidade real de os dez
governantes citados em Apocalipse 17:12 e Daniel 7:7 serem os governadores
dos dez grandes blocos econômicos mundiais. Segundo o texto de Apocalipse
17:12, eles receberiam o poder por 15 dias juntamente com o papa. O que
fariam então? O verso 13 de Apocalipse 17 nos dá a resposta:
“Têm estes um só pensamento e oferecem à besta o poder e a autoridade que
possuem.” Apocalipse 17:13 (ênfase suprida, grifos acrescentados)
Segundo nos mostra o texto de Apocalipse, estes dez governantes que
receberam o poder durante 15 dias darão seu poder e sua autoridade para o
papa. Por quanto tempo terá o papa esta autoridade? No capítulo 13 de
Apocalipse, que relata sobre o mesmo animal representado em Apocalipse 17 e
em Daniel 7, encontramos a resposta:
“4 e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram
a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?
5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade
para agir quarenta e dois meses;” Apocalipse 13:5 (ênfase suprida, grifos
acrescentados)
Lemos a pouco em Apocalipse 17:12 que os dez reis entregariam ao papa a
“autoridade” que receberão por 15 dias. O texto de Apocalipse 13:5, que
lemos acima, nos mostra que o papa receberá esta “autoridade” por quarenta e
dois meses, ou seja, 1260 dias.
O que acontecerá ao final deste período de 1260 dias, no qual o papa terá
“autoridade” para agir? O verso 16 de Apocalipse 17 nos responde:
“E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta, e
a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.”
Apocalipse 17:16 - Bíblia Almeida Revista e Corrigida (ênfase suprida)
Apresentando este entendimento em uma linha de tempo, temos:
15 dias 1260 dias de “autoridade” papal Apoc. 13:5
|---------------------------|-----------------------------------------------------|
10 reis recebem entregam
sua 10 chifres queimam a
o reino por 15 dias autoridade
ao papa prostituta – fim da supremacia
papal
Apoc. 17:12
Apoc. 17:13 Apoc. 17:16
Obs.: Você, irmão leitor, poderá a esta altura
estar pensando: mas a profecia relativa aos 1260 dias de Apocalipse 13 já
não se cumpriu? Porque se está então afirmando que ela se cumprirá
novamente? Esta indagação é compreensível, pois já a fiz também no passado.
Historicamente, os 1260 dias de Apocalipse 13 se cumpriram no ano de 1798,
ao final da supremacia papal, quando o papa foi aprisionado pelo general
francês Bertier. Todavia, o testemunho inspirado, através de palavras que
foram escritas em 1897, mais de um século após o cumprimento histórico do
período de 1260 dias de Apocalipse 13, afirma claramente que toda esta
profecia irá se cumprir novamente. Confira com seus próprios olhos este
testemunho:
“A questão do Sábado será a questão no grande conflito na qual todos no
mundo tomarão parte. [cita-se Apocalipse 13:4-8] Este capítulo inteiro é uma
revelação do que certamente irá ocorrer [cita-se Apocalipse 13:11, 15-17]
(MS 88, 1897).” (SDA Bible Commentary Vol. 7, page 979, paragraph 10)
Assim como aceitamos todos os outros testemunhos que nos trazem
esclarecimentos sobre temas proféticos, aceitamos igualmente esta citação da
forma como está escrita. Portanto, à luz do texto acima, podemos aceitar sem
dificuldade que a profecia de Apocalipse 13 terá um novo cumprimento no
futuro.
Voltando à análise do texto de Apocalipse 17:16,
vimos que este mostra que, ao final do período no qual o papa terá
autoridade, os dez reis aborreceram a “prostituta”. Sabemos que, em profecia
bíblica, mulher representa “igreja”. A palavra “prostituta” representa uma
“igreja” que adultera a doutrina bíblica. A denominação “prostituta” cabe
adequadamente à uma instituição religiosa que distorce as verdades bíblicas,
sobrepondo a elas preceitos de homens – o testemunho inspirado afirma que a
igreja de Roma, cujo líder e cabeça visível é o papa, é esta prostituta:
“Foi pelo afastamento do Senhor e aliança com os gentios que a igreja
judaica se tornou prostituta; e Roma, corrompendo-se de modo semelhante ao
procurar o apoio dos poderes do mundo, recebe condenação idêntica.
Declara-se que Babilônia é "mãe das prostitutas". Como suas filhas devem ser
simbolizadas as igrejas que se apegam às suas doutrinas e tradições,
seguindo-lhe o exemplo em sacrificar a verdade e a aprovação de Deus, a fim
de estabelecer uma aliança ilícita como mundo. A mensagem de Apocalipse 14,
anunciando a queda de Babilônia, deve aplicar-se às organizações religiosas
que se corromperam. Visto que esta mensagem se segue à advertência acerca do
juízo, deve ser proclamada nos últimos dias; portanto, não se refere apenas
à Igreja de Roma, pois que esta igreja tem estado em condição decaída há
muitos séculos.” (O Grande Conflito, Págs. 382, 383)
Assim, quando lemos em Apocalipse 17:16 que ao final dos 1260 dias em que o
papa terá autoridade a prostituta será destruída e queimada no fogo,
entendemos que ao final deste período a Igreja Católica Apostólica Romana,
cujo líder e cabeça visível é o papa, será destruída. Repare pela comparação
dos versos de Apocalipse 17 que são os mesmos reis que compunham os dez
chifres do animal que destróem a Igreja Católica ao final dos 1260 dias de
supremacia do papa:
“12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam
reino, mas recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora.
13 Estes têm um mesmo intento e entregarão o seu poder e autoridade à
besta....
16 E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a prostituta,
e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a queimarão no fogo.
17 Porque Deus tem posto em seu coração que cumpram o seu intento, e tenham
uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até que se cumpram as
palavras de Deus.” Apocalipse 17: 12, 13 – Bíblia Almeida Revista e
Corrigida (ênfase suprida)
Se os dez reis, 1260 dias após terem dado sua autoridade ao pontífice,
queimarão a Igreja prostituta, comandada pelo papa, conforme o texto acima
nos declara, isto significa que estas dez pessoas (os dez reis) estarão ao
menos vivas ao final dos 1260 dias de supremacia papal. Como é virtualmente
impossível que alguém nos dias atuais viva 1260 anos, cremos que estes 1260
dias serão dias literais de 24 horas, ou seja, aproximadamente três anos e
meio contados em nosso calendário, o gregoriano.
Uma vez que já sabemos que o livro de Apocalipse revela Daniel, e sabemos
que o quarto animal retratado em Daniel 7 é o mesmo animal retratado em
Apocalipse 13 e 17, temos que a compreensão que acabamos de obter sobre a
besta de Apocalipse também nos ajudará a compreender a visão de Daniel 7.
Em Daniel 7, após verificarmos o relato dos dez chifres, que como vimos a
pouco neste estudo corresponderão provavelmente a dez reis, ou governadores
dos dez grandes blocos econômicos mundiais, notamos a menção do surgimento
de um outro poder – o chifre pequeno:
“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno,
diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste
chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência.”
Daniel 7:8
Daniel observa que surgiu entre os chifres um outro pequeno, diante do qual
três chifres foram arrancados. Já sabemos que os dez chifres correspondem a
dez governantes. Compreendemos o fato de os três chifres serem arrancados
como sendo três governadores que cairão após o chifre pequeno assumir.
Todavia, o que mais nos importa, por ora, é conhecer a verdade acerca do
chifre pequeno. Quem ele representa? O testemunho inspirado nos responde:
“O profeta Daniel declarou que a Igreja de Roma, simbolizada pela ponta
pequena, pensaria em mudar os tempos e a lei (Dan. 7:25), enquanto Paulo a
intitulou de homem do pecado (II Tess. 2:3 e 4), que se exaltaria acima de
Deus. Unicamente mudando a lei de Deus poderia o papado exaltar-se acima
dEle; todo aquele que, com conhecimento, observasse a lei assim mudada,
estaria tributando suprema honra ao poder, mediante o qual esta mudança foi
realizada.” (História da Redenção, Pág. 382) (ênfase suprida, grifos
acrescentados)
Temos que o chifre pequeno representa a igreja de Roma, cujo cabeça visível
é o papa. Em um sentido mais estrito, podemos considerar que, assim como a
besta de Apocalipse 13 representa ao mesmo tempo a Igreja de Roma e o papa,
pois o número que a representa é o número de um homem (ver Apocalipse
13:18), a ponta pequena de Daniel 7:8 representa também a igreja de Roma e
no sentido mais estrito o próprio papa, uma vez que a mesma não existe sem
ele que é a sua cabeça visível. Uma vez tendo esta compreensão sobre o
chifre pequeno, podemos efetuar comparativos instrutivos entre a revelação
que obtivemos pelo estudo do animal descrito em Apocalipse 13 e a ponta
pequena de Daniel 7. Estes comparativos servir-nos-ão para confirmar o
entendimento.
Daniel 7:8, menciona que entre os dez reis que governarão os dez blocos
mundiais surgiria um outro poder, o da igreja de Roma com seu cabeça, o
papa, que receberia uma boca e falaria com “insolência”:
“Estando eu a observar os chifres, eis que entre eles subiu outro pequeno,
diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste
chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava com insolência.”
Daniel 7:8
Apocalipse 13:4-6 mostra que o a besta, neste caso representando o papa,
também receberia uma boca e falaria blasfêmias:
“4 e adoraram o dragão porque deu a sua autoridade à besta; também adoraram
a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem pode pelejar contra ela?
5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade
para agir quarenta e dois meses;
6 e abriu a boca em blasfêmias contra Deus, para lhe difamar o nome e
difamar o tabernáculo, a saber, os que habitam no céu.” Apocalipse 13:4-6
Em Apocalipse 13 verificamos que a besta receberia autoridade para agir
quarenta e dois meses, ou 1260 dias literais:
“5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade
para agir quarenta e dois meses;” Apocalipse 13:5
Daniel 7:25 nos mostra que o chifre pequeno agiria durante um tempo, dois
tempos e metade de um tempo, ou seja, 1260 dias:
“24 Os dez chifres correspondem a dez reis que se levantarão daquele mesmo
reino; e, depois deles, se levantará outro, o qual será diferente dos
primeiros, e abaterá a três reis.
25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e
cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas
mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.” Daniel 7: 24, 25
Apocalipse 13 nos revela que a besta perseguiria os santos:
“Foi-lhe dado, também, que pelejasse contra os santos e os vencesse.
Deu-se-lhe ainda autoridade sobre cada tribo, povo, língua e nação”
Apocalipse 13:7
O chifre pequeno de Daniel 7 também pelejaria contra os santos e os venceria
por um período do tempo:
“Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e prevalecia
contra eles,” Daniel 7:21
Poderíamos fazer ainda outros comparativos, mas por ora entendemos que estes
acima já são suficientes para ilustrar que os capítulos 13 e 17 de
Apocalipse apresentam uma visão que revela a profecia de Daniel 7. Assim,
verificamos que o princípio de que o livro de Apocalipse revela Daniel é
válido para a interpretação da profecia de Daniel 7.
Daniel 7 nos fala ainda que ao final do período de 1260 dias literais de
supremacia do papa o “Ancião de Dias” veio e fez justiça aos santos do
Altíssimo:
“21 Eu olhava e eis que este chifre fazia guerra contra os santos e
prevalecia contra eles,
22 até que veio o Ancião de Dias e fez justiça aos santos do Altíssimo; e
veio o tempo em que os santos possuíram o reino.” Daniel 7:21, 22
Como podemos observar no texto que lemos acima, após os 1260 dias literais o
Ancião de Dias faz justiça aos santos do Altíssimo e estes possuem o reino.
Este momento, no final dos 1260 dias, no qual os santos possuem o reino, é
apresentado no livro de Apocalipse, que como já sabemos revela o livro de
Daniel. Leiamos a passagem abaixo:
“15 O sétimo anjo tocou a trombeta, e houve no céu grandes vozes, dizendo: O
reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará
pelos séculos dos séculos.
18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o tempo
determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos teus
servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos
pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.
19 Abriu-se, então, o santuário de Deus, que se acha no céu, e foi vista a
arca da Aliança no seu santuário, e sobrevieram relâmpagos, vozes, trovões,
terremoto e grande saraivada.” Apocalipse 11:15, 18, 19
O texto acima, que está no livro de Apocalipse, nos revela como o Ancião de
Dias fará justiça aos santos do Altíssimo. Ao final dos 1260 dias chega o
tempo determinado para que se faça o juízo. Ao final dos 1260 dias, Deus o
Pai, o Ancião de Dias, dará a Cristo o reino, e juntamente com Ele os
“santos do Altíssimo”, mencionados em Daniel 7, possuirão o reino. Assim,
cumprir-se-á a promessa de Deus dada no livro do Apocalipse para os
vencedores:
“21 Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se comigo no meu trono, assim como também
eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.” Apocalipse 3:21
Os santos que permanecerem fiéis durante o período de 1260 dias de
supremacia papal que está por vir e não reconhecerem a autoridade do papa,
guardando a Lei de Deus e o Sábado como o dia de descanso conforme Cristo
nos ordenou no seu mandamento (ver Ex. 20:8-11), sentar-se-ão com Cristo em
Seu trono quando Ele receber o reino. Ao final dos 1260 dias de supremacia
papal, os santos do Altíssimo, aqueles que permanecerem fiéis e leais aos
preceitos divinos, triunfarão e reinarão com Cristo. Quando Cristo receber o
reino, aqueles que se opõem à Lei de Deus e destroem a Terra serão
destruídos:
“18 Na verdade, as nações se enfureceram; chegou, porém, a tua ira, e o
tempo determinado para serem julgados os mortos, para se dar o galardão aos
teus servos, os profetas, aos santos e aos que temem o teu nome, tanto aos
pequenos como aos grandes, e para destruíres os que destroem a terra.”
Apocalipse 11:18
Assim, os líderes e prelados católicos, bem como todos os outros líderes e
membros de todas as denominações que se apostatam da verdade bíblica, serão
destruídos ao final dos 1260 dias literais, quando Cristo receber o reino.
Desta forma, cumprir-se-á também o trecho de Apocalipse 13 que determina
qual será o destino daqueles que auxiliarem a Igreja de Roma e o papa em sua
perseguição futura ao povo de Deus:
“10 Se alguém leva para cativeiro, para cativeiro vai. Se alguém matar à
espada, necessário é que seja morto à espada. Aqui está a perseverança e a
fidelidade dos santos.” Apocalipse 13:10
O testemunho inspirado coloca o que aqui compreendemos pela análise dos
textos bíblicos em linhas mais claras:
Ao final dos 1260 dias, o “Ancião de Dias”, Deus o Pai, através de uma
proclamação que faz por Sua própria voz põe fim ao cativeiro dos santos:
“É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu
povo. O Sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se
seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto,
enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo
na Natureza parece desviado de seu curso. As correntes de água deixam de
fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio
dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde
vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: "Está feito." Apoc.
16:17.
Essa voz abala os céus e a Terra.” (O Grande Conflito, Pág. 636) (ênfase
suprida, grifos acrescentados)
“Quando a voz de Deus põe fim ao cativeiro de Seu povo, há um terrível
despertar daqueles que tudo perderam no grande conflito da vida....
Ministros e povo vêem que não mantiveram a devida relação para com Deus.
Vêem que se rebelaram contra o Autor de toda lei reta e justa. ... Nenhuma
linguagem pode exprimir o anelo que o desobediente, o desleal experimenta
por aquilo que para sempre perdeu: a vida eterna. Homens que o mundo adorou
pelos talentos e eloqüência vêem agora estas coisas sob a sua verdadeira
luz. Compenetram-se do que perderam pela transgressão, e caem aos pés
daqueles de cuja fidelidade zombaram, com menosprezo, confessando que Deus
os amou.
O povo vê que foi iludido. Um acusa ao outro de o ter levado à destruição;
todos, porém, se unem em acumular suas mais amargas condenações contra os
ministros. Pastores infiéis profetizaram coisas agradáveis, levaram os
ouvintes a anular a lei de Deus e a perseguir os que a queriam santificar.
Agora, em seu desespero, esses ensinadores confessam perante o mundo sua
obra de engano. As multidões estão cheias de furor. "Estamos perdidos!"
exclamam; "e vós sois a causa de nossa ruína"; e voltam-se contra os falsos
pastores. Aqueles mesmos que mais os admiravam, pronunciarão as mais
terríveis maldições sobre eles. As mesmas mãos que os coroavam de lauréis,
levantar-se-ão para destruí-los. As espadas que deveriam matar o povo de
Deus, são agora empregadas para exterminar os seus inimigos. Por toda parte
há contenda e morticínio.” (O Grande Conflito, Págs. 654-656)
Ao final dos 1260 dias, os santos possuirão o reino:
“Os herdeiros de Deus vieram das águas-furtadas, das choças, dos calabouços,
dos cadafalsos, das montanhas, dos desertos, das covas da Terra, das
cavernas do mar. Na Terra eram "desamparados, aflitos e maltratados".
Milhões desceram ao túmulo carregados de infâmia, porque firmemente se
recusavam a render-se às enganosas pretensões de Satanás. Pelos tribunais
humanos foram julgados como os mais vis dos criminosos. Mas agora "Deus
mesmo é o Juiz". Sal. 50:6. Revogam-se agora as decisões da Terra. "Tirará o
opróbrio do Seu povo." Isa. 25:8. "Chamar-lhes-ão: Povo santo, remidos do
Senhor." Ele determinou "que se lhes dê ornamento por cinza, óleo de gozo
por tristeza, vestido de louvor por espírito angustiado". Isa. 62:12; 61:3.
Não mais são fracos, aflitos, dispersos e opressos. Doravante devem estar
sempre com o Senhor. Acham-se diante do trono com vestes mais ricas do que
já usaram os mais honrados da Terra. Estão coroados com diademas mais
gloriosos do que os que já foram colocados na fronte dos monarcas
terrestres. Os dias de dores e prantos acabaram-se para sempre.” O Grande
Conflito, pág. 650
Traduzindo o entendimento apresentado sobre a trajetória do “chifre pequeno”
de Daniel 7, temos:
Apresentando este entendimento em uma linha de tempo, temos:
15 dias 1260 dias de domínio do
chifre pequeno (papa) Dan. 7: 21, 25
|-----------------------|-------------------------------------------------------------|
10
chifres recebem entregam
sua 10 chifres
queimam a
o
reino autoridade ao
papa prostituta – fim da
supremacia papal
Dan.
7:7 subiu um chifre pequeno e lhe foi
Ancião de Dias faz justiça aos santos do
dada “boca” que fala com insolência
Altíssimo – domínio dado aos santos
Dan. 7:8
Dan. 7:11, 14, 22, 26, 27
5.2 – O papel do quarto animal na profecia
Vimos, ao final do capítulo 4 deste material, que podemos considerar os
quatro animais da profecia de Daniel 7 como sendo quatro presidentes
americanos. Considerando isto, podemos sem dificuldade compreender que os
animais representam o período de tempo que estes presidentes encontram-se no
poder. Uma vez que os quatro não foram vistos pelo profeta ao mesmo tempo, e
sim de forma que um sucedia o outro, podemos entender que os animais
correspondem a quatro presidentes que se sucedem no poder.
Na seção anterior, verificamos que os dez chifres que foram vistos pelo
profeta Daniel no quarto animal representam dez governantes que se
levantarão no planeta terra, e entregarão seu poder ao chifre pequeno, o
papa. O chifre pequeno também foi visto como sendo parte do quarto animal.
Uma vez que os dez chifres e o chifre pequeno foram vistos como parte
integrante do quarto animal, temos que os governantes que eles representam
ascendem ao poder durante o “reino” do quarto animal, ou seja, durante o
mandato do quarto presidente representado nesta profecia. Para melhor
compreendermos o que expusemos neste parágrafo, apresentamo-lo em forma de
tabela abaixo:
Símbolo profético |
Significado |
1.
Leão |
|
Presidente americano – 1 |
2.
Urso |
|
Presidente americano – 2 |
3.
Leopardo |
|
Presidente americano – 3 |
4.
Animal terrível |
10
chifres
1
chifre pequeno |
Presidente americano – 4
10
governantes dos blocos econômicos recebem poder por 15 dias
Supremacia papal por 1260 dias |
Pela análise
da tabela acima, percebemos que o reinado dos 10 governantes dos blocos
mundiais e a supremacia papal estão contidos no mandato do quarto presidente
representado em Daniel 7. Percebemos então que, de alguma forma, a sucessão
destes quatro presidentes americanos representada na profecia de Daniel 7
conduz o mundo ao governo dos 10 governantes e finalmente à supremacia
papal. Aqui encontramos uma chave para poder identificar quem seriam estes
quatro presidentes na história. Ao analisarmos a história dos Estados Unidos
da América, verificamos que durante séculos o papa era proibido até mesmo de
pisar em solo americano. Tendo nascido declaradamente como uma nação
protestante, este país não reconhecia em absoluto a autoridade da Igreja
Católica, e nem o território no qual ela se encontrava, o estado do
Vaticano, dado por Mussolini em 1929 através do tratado de Latrão, como
sendo um país independente.
Esta situação perdurou até quase o final do século passado, quando passou
então a mudar. Para que a profecia de Daniel 7 se cumpra, era necessário que
houvesse um presidente que iniciasse uma aproximação com o Vaticano, a fim
de que fosse aberto o caminho para uma posterior supremacia papal.
Realizamos uma pesquisa em vários periódicos e noticiários, e encontramos
qual foi o primeiro presidente americano que logrou uma aproximação efetiva,
visível e facilmente comprovável com o Vaticano. Leiamos as notícias
transcritas abaixo:
“NOVA YORK. O Papa João Paulo II colaborou com os serviços de informação
norte-americanos (CIA) para fazer cair o bloco comunista da extinta União
Soviética, segundo o livro escrito pelo periodista italiano Marco Politi e o
norte-americano Carl Bernstein, que descobriu o escândalo de Watergate.
Com o título: “His Holines: John Paul II and the Hidden History of Our Time”
(Sua Santidade: João Paulo II e a história escondida de nosso tempo), o
livro aparecerá publicado nesta semana pelo editorial Doubleday, informou a
agência Efe.
O ex-presidente dos EUA, Ronald Reagan, e o então chefe da CIA, William
Casey, intercambiaram com o Sumo Pontífice informação confidencial por
considerar que o Vaticano era uma “superpotência espiritual”, segundo o
livro.
“A princípios da primavera de 1981, o governo de Reagan mantinha uma ponte
de inteligência ao nível mais alto entre a Casa Branca e o Papa; que era
regularmente informado por Casey e Vernon Walters, um ex-subfiretor da CIA”,
afirmamn os autores da obra.
Durante seis anos, Casey e Walters visitaram secretamente o Sumo Pontífice
umas quinze vezes, segundo o livro que afirma que João Paulo II teve acesso
a “alguns dos segredos dos EUA mais bem guardados, assim como a sofisticadas
análises políticas”.
Por seu lado, o papa João Paulo II, de origem polaca, também informava à
Casa Branca, ao Departamento de Estado e à CIA, afirmam os autores do texto
ao ressaltar que, durante este período, o governo de Reagan intensificou a
oposição ao aborto, respaldando a postura do Vaticano sobre este assunto.
O governo de Reagan gastou secretamente cinqüenta milhões de dólares para
manter ativo o sindicato polaco Solidariedade durante a maior parte da
década passada, segundo a mesma fonte.
Por outro lado, Bernstein e Politi assinalam que tanto Casey coo os
colaboradores mais próximos do papa estavam convencidos de que o Governo da
Bulgária esteve envolvido na tentativa de assassinato do suma pontífice, em
1981.
Mas João Paulo II negou a hipótese por medo que a União Soviética estivesse
também envolvida e que se desencadeasse uma profunda crise.”
www.el-universal.com – Caracas, miércoles 18 de septiembre, 1996
Um dos autores do livro mencionado na notícia acima, Carl Bernstein é uma
pessoa de muito crédito. Ele foi um dos periodistas que descobriu e noticiou
o caso Watergate, o escândalo que acabou com a presidência de Richard Nixon.
Quando este veio para Buenos Aires apresentar seu livro, concedeu uma
entrevista à jornalista Maria Luisa Mac Kay, do jornal “O Clarín”.
Transcrevemos abaixo alguns trechos desta entrevista, que corroboram para
comprovar a seriedade da pesquisa realizada por Bernstein:
“ENTREVISTA COM O PERIODISTA CARL BERNSTEIN
“O papa e Ronald Reagan formaram uma aliança secreta”
Um dos periodistas que descobriu o Watergate disse que o presidente e o
Vaticano intercambiaram informação - Era para ajudar a queda do comunismo na
Polônia – E também falavam da América Latina
Carl Bernstein já superou o fantasma de Ter sido um dos periodistas que
descobriu o caso Watergate, o escândalo que acabou com a presidência de
Richard Nixon. Após centenas de entrevistas e três anos de investigação
conjunta com o periodista italiano Marco Politi, publicou este ano “Sua
Santidad. Juan Pablo II e y la historia oculta de nuestro tiempo.” E assim
sacudiu outra vez o mundo. Durante sua visita a Buenos Aires para a
apresentação de seu livro, Bernstein foi entrevistado pelo Clarín. Como
decidiu escrever este livro? A história começou em 1992, quando escrevi para
a revista Time queo Papa e o presidente Ronald Reagan haviam colaborado
secretamente para ajudar ao sindicato polaco Solidariedade, liderado por
Lech Walesa, a manter-se na clandestinidade.
Porque elegeu o papa? Creio que é “O” grande líder da última parte do século
XX. Ninguém pode discutir isto.
Qual foi para você a revelação mais surpreendente de sua investigação? Os
documentos que obtivemos das reuniões do Plitburó demonstram que seis
semanas depois da formação do Solidariedade, o presidente soviético Leonid
Brezhnev disse “a contrarevolução na Polônia está em marcha” e Gromyko, seu
chanceler, dizia “não podemos perder a Polônia”. Seis meses depois, sabia
que era a Igreja polaca, e não eles que controlavam o país, e o ministro de
Defesa, Ustinov, dizia: “a menos que estejamos dispostos a derramar sangue
na Polônia, poderíamos perder todas as vitórias do socialismo”. Nove anos
antes que isto ocorresse estavam falando do que fato se passou.
Qual sua opinião sobre as reações do Vaticano ao seu livro? No princípio não
gostavam de uma história na qual o Papa aparecia vendo fotos de satélite da
CIA. Preferiam a idéia de um homem santo que – falando figuradamente –
levita. Mas isto está mudado.
O Papa e os enviados de Reagan não somente falavam da União Soviética... É
que a aliança também contemplava o que ocorria com todos os países católicos
da América Latin. A abdicação de Pinochet foi literalmente negociada pela
igreja chilena e os Estados Unidos.
Até onde chegava o compromisso? Uma das poucas fontes reservadas do livro,
do Departamento de Estado, me disse: “se este Papa houvesse decidido que os
mísseis de alcance intermediário não podiam ser retirados dos países
católicos da Europa Ocidental, todo o esquema defensivo de Reagan teria
fracassado. Os cardeais e bispos destes países se opunham a isto, mas por
causa desta aliança, isto pode passar.” MARIA LUISA MAC KAY – “O Clarín”
Pelas notícias acima, podemos perceber com clareza que houve uma aliança,
ainda que não formal entre o presidente Ronald Reagan e o papa João Paulo
II. Esta foi a primeira vez na história que semelhante aliança entre um
presidente americano e o papa foi firmada.
Uma vez que, como vimos anteriormente, os quatro presidentes americanos
representados na profecia de Daniel 7 trabalhariam em prol do
estabelecimento futuro da supremacial papal, temos que o primeiro presidente
que pode figurar entre estes quatro é Ronald Reagan, posto que este foi o
primeiro que estabeleceu uma aliança com o papa, sendo também o primeiro a
estabelecer uma embaixada americana do Vaticano, e o primeiro a receber o
papa em solo americano. Ronald Reagan é representado então pelo leão visto
pelo profeta Daniel no capítulo 7, o primeiro dos quatro animais.
Vimos que os animais da profecia de Daniel 7 se sucedem. Assim, o segundo
vem após o primeiro, o terceiro vem após o segundo e o quatro vem após o
terceiro. Podemos então buscar na história quem são os presidentes
americanos a partir de Ronald Reagan para verificarmos que são os
presidentes representados pelos outros animais da profecia. A seqüência de
presidentes americanos após Ronald Reagan é descrita abaixo:
Presidente: Mandato:
1 – Ronald Reagan (1980-1988);
2 – George Bush Pai (1989-1992);
3 – Bill Clinton (1993-2000);
4 – George Bush Filho (2001-).
Podemos agora fazer uma tabela de equivalência entre os animais vistos pelo
profeta em Daniel 7 e os presidentes americanos a partir de Reagan, que
representa o primeiro animal:
Animais de Daniel 7 |
Presidentes americanos |
1.
Leão |
Ronald
Reagan |
2.
Urso |
George
Bush Pai |
3. Leopardo |
Bill Clinton |
4.
Animal terrível |
George
Bush Filho |
De acordo
com o entendimento obtido, verificamos que o quarto animal representaria o
atual presidente americano George W. Bush. Daniel 7 relata que animal
terrível devorava a tudo e pisava a pés o que sobejava. Uma simples reflexão
sobre a postura que este atual presidente americano adota em seu governo
mostra uma incrível coincidência entre o modo de este agir o do animal
terrível descrito pelo relato de Daniel. Poderíamos apresentar centenas de
notas de jornais que mostrariam a semelhança do procedimento entre George W.
Bush e o quarto animal de Daniel 7; todavia, considerando que a semelhança é
notória e marcante mesmo para qualquer pessoa que acompanhe os noticiários
jornalísticos, limitar-nos-emos a apresentar um trecho de uma entrevista com
o ator e embaixador da Boa Vontade para o Programa de Desenvolvimento das
Nações Unidas – Danny Glover, realizada pela jornalista Kátia Mello,
publicada pela revista “Isto É” em 12.02.2003 que comprova tal fato:
“ISTO É – O ex-presidente sul-africano Nelson Mandela disse que Bush é
racista por não aceitar as determinações da ONU porque atualmente seu
secretário-geral é um negro, Kofi Annan. O que o sr. diz desta declaração?
Glover – Ele disse isso? Ótimo! É exatamente isso! Bush não respeita as
resoluções da ONU, não respeita as vozes de outras populações, não respeita
o secretário-geral da ONU. Sim, ele é racista. Nós já sabíamos disso, o
mundo é que está descobrindo agora. Como governador do Texas, Bush liderou
um sistema penitenciário que executou mais gente do que todos os outros
Estados americanos juntos. A imensa maioria dos que foram condenados à pena
de morte no Texas é de afro-descendentes ou hispânico-descendentes.” ISTO É/
1741 – 12/2/2003 (grifos acrescentados)
O pequeno relato descrito no noticiário apresentado acima mostra de forma
marcante a semelhança de procedimento entre o atual presidente americano,
George W. Bush, e o quatro animal descrito por Daniel em Daniel 7:7, que
devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobejava, dando mais
crédito ao entendimento profético aqui apresentado.
Um outro relato feito por noticiários também nos salta aos olhos. Conforme
vimos no primeiro capítulo deste material, no entendimento histórico, o
quarto animal de Daniel 7 representava a Roma dos Césares. Este material
propõe que na atualidade este quarto animal representa George W. Bush. Neste
ano, pudemos presenciar uma matéria que mereceu inclusive destaque de capa
na revista Veja, da Editora Abril, que compara George W. Bush aos césares e
apresenta este presidente com uma coroa de louros na própria capa da
revista. Não temos como apresentar a cópia da capa da revista aqui, mas
apresentamos o comentário realizado por uma respeitada jornalista brasileira
sobre o fato, extraído da página que leva seu nome na internet:
“09/12/2002
Idéia bíblica: 'A Bush o que é de Bush, a Lula o que é de Lula'
Veja foi feliz em sua capa: “Lula vai a César.” Bush em toga romana. A mídia
especulou muito sobre este encontro. Desde os sapatos Giacometti, produzidos
em Franca (SP) até o jato Legacy, da Embraer, em que viajará. Afirmação dos
produtos nacionais. Isto É Dinheiro aposta que a reunião de 60 minutos no
Salão Oval da Casa Branca, na terça, a partir das 10h50 (horário de
Brasília) terá um apavorante ruído. ...
* A jornalista Iara Rech é pioneira do jornalismo econômico no Rio Grande do
Sul. Com formação também em economia, foi editora da revista Exame, em São
Paulo, e editora de Projetos Especiais do jornal Gazeta Mercantil. Uma
liderança no setor, Iara foi também fundadora e presidente da AJOERGS -
Associação dos Jornalistas de Economia do RS.” (grifos acrescentados)
Perceba que a própria jornalista, apesar de não professar abertamente uma
crença religiosa, coloca ao seu comentário o título de “Idéia bíblica”. Isto
deveria ao menos chamar a atenção daqueles que estão estudando atentamente
as profecias. É relativamente difícil acreditarmos que as evidências
apresentadas tanto pelo comentário acima como pela entrevista realizada pela
revista “Isto É” tratam-se de meras coincidências. Podemos sim entendê-las
como avisos para que estejamos atentos à profecia de Daniel 7 a fim de
compreendermos os sinais dos tempos.
Voltando à análise da profecia, temos que, segundo o que já lemos no
primeiro capítulo deste material sobre o quarto animal, sabemos que, de
acordo com o relato de Daniel 7, ele possuía 10 chifres, que representariam
os dez governantes dos dez blocos econômicos mundiais, sendo que depois
subiu um chifre pequeno, que conforme vimos representa o papa, que receberá
autoridade por 1260 dias, sendo que ao final destes será destruído, quando a
voz de Deus fizer justiça aos santos. Apresentamos inclusive uma linha de
tempo expressando este entendimento, a qual é conveniente que observemos
novamente a fim de relembrarmos:
15 dias 1260 dias de domínio do chifre pequeno (papa)
Dan. 7: 21, 25
|-----------------------|------------------------------------------------------------|
10
chifres recebem entregam
sua 10 chifres
queimam a
o
reino autoridade ao
papa prostituta – fim da
supremacia papal
Dan.
7:7 subiu um chifre pequeno e lhe foi
Ancião de Dias faz justiça aos santos do
dada “boca” que fala com insolência
Altíssimo – domínio dado aos santos
Dan. 7:8
Dan. 7:11, 14, 22, 26, 27
Note que
todos os eventos expressos nesta linha de tempo são simbolizados pelos
chifres do quarto animal de Daniel 7. Os chifres são pertencentes ao quarto
animal de Daniel 7. Isto significa que os eventos representados pelos
chifres de Daniel 7 se darão durante o período de reinado do quarto animal.
Vimos a pouco que o quarto animal representa o atual presidente americano,
George W. Bush. Sendo que os eventos representados na linha de tempo acima –
15 dias de autoridade dos governantes dos dez blocos econômicos e 1260 dias
de supremacia papal ocorrerão durante o período de reinado do quarto animal,
temos que estes eventos representados na linha de tempo acima ocorrerão
durante o governo de George W. Bush! Isto equivale a dizer que, ainda neste
governo de George W. Bush, seja neste mandato, que finaliza em 2004, ou em
um possível e provável segundo mandato, que se estenderia até 2008, veríamos
a formação da nova ordem mundial, com o governo da Terra sendo assumido por
dez governantes dos blocos econômicos e finalmente este poder sendo dado ao
papa, para que reine como soberano mundial por 1260 dias, ou cerca de três
anos e meio. Isto porque, de acordo com a legislação americana atual, um
presidente pode permanecer no poder pelo período máximo de oito anos. É
claro que podemos também contar com a possibilidade de uma alteração nas
leis americanas permitir que o atual presidente, George W. Bush, permaneça
por mais tempo no poder. De qualquer forma, as evidências proféticas que
aqui constatamos apontam para um fato no mínimo alarmante: se o entendimento
apresentado estiver correto, estamos vivendo no tempo no qual a nova ordem
mundial se estabelecerá sob o domínio do papa e que será posteriormente
destruída, ao cabo de 1260 dias, quando os santos ouvirão a voz de Deus
declarando o dia e a hora da segunda vinda de Cristo.
Sabemos que a futura supremacia papal virá por meio de uma lei dominical,
que primeiramente será promulgada nos Estados Unidos da América e depois se
tornará universal, de acordo com a revelação do testemunho inspirado:
Haverá uma Lei Dominical nos Estados Unidos da América:
“Quando nossa nação renunciar os princípios de seu governo de tal forma que
vote uma lei dominical, nesse próprio ato o protestantismo dará a mão ao
papado. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 318.
Os protestantes lançarão toda a sua influência e poder ao lado do papado.
Por um ato nacional impondo o falso sábado, eles darão vida e vigor à
corrompida fé de Roma, avivando sua tirania e opressão da consciência.
Maranata (Meditações Matinais, 1977), pág. 179.
Mais cedo ou mais tarde serão aprovadas leis dominicais. Review and Herald,
16 de fevereiro de 1905....
A profecia do capítulo 13 do Apocalipse declara que o poder representado
pela besta de cornos semelhantes aos do cordeiro fará com que a "Terra e os
que nela habitam" adorem o papado, ali simbolizado pela besta "semelhante ao
leopardo". ... Esta profecia se cumprirá quando aquela nação impuser a
observância do domingo, que Roma alega ser um reconhecimento especial de sua
supremacia. ...
A corrupção política está destruindo o amor à justiça e a consideração para
com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e
legisladores, a fim de conseguir o favor do público, cederão ao pedido
popular de uma lei que imponha a observância do domingo. O Grande Conflito,
págs. 578, 579 e 592.” (Eventos Finais, pág. 113) (ênfase suprida, grifos
acrescentados)
Haverá uma lei dominical mundial no caminho da consolidação da “autoridade”
que será dada ao papa:
“A História se repetirá. A religião falsa será exaltada. O primeiro dia da
semana, um dia comum de trabalho que não possui santidade alguma, será
estabelecido como o foi a estátua de Babilônia. A todas as nações, línguas e
povos se ordenará que venerem esse sábado espúrio. ... O decreto impondo a
veneração desse dia se estenderá a todo o mundo. The Seventh-day Adventist
Bible Commentary, vol. 7, pág. 976.
Quando a América, o país da liberdade religiosa, se aliar com o papado, a
fim de dominar as consciências e impelir os homens a reverenciar o falso
sábado, os povos de todos os demais países do mundo hão de ser induzidos a
imitar-lhe o exemplo. Testemunhos Seletos, vol. 2, pág. 373.
A questão do sábado será o ponto controverso no grande final conflito em que
o mundo inteiro há de ser envolvido. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 19.
As nações estrangeiras seguirão o exemplo dos Estados Unidos. Posto que ela
seja a líder, a mesma crise atingirá todo o nosso povo em toda parte do
mundo. Testemunhos Seletos, vol. 3, pág. 46.” (Eventos Finais, pág. 118)
(ênfase suprida)
6 - Conclusão
Uma vez que percebemos pelos testemunhos acima que a futura supremacia papal
se dará por ocasião da promulgação de leis dominicais, primeiro nos EUA e
estendendo-se ao mundo, e que esta supremacia papal se dará enquanto o atual
presidente americano estiver no poder, temos que tanto a lei dominical nos
EUA como sua extensão para todo o mundo se darão ainda no período de mandato
deste atual presidente americano – George W. Bush. Isto significa que,
estando este entendimento correto, estamos a poucos anos ou mesmo meses da
última crise antes da segunda vinda de de Cristo que será desencadeada pela
lei dominical dos EUA. Também significa que veremos todos estes eventos
ocorrendo ante os nossos olhos em breve.
Oh, maravilha do amor que redime! Um Deus de misericórdia advertindo-nos
quanto aos acontecimentos que estão por vir para que estejamos preparados
para enfrentá-los! Porque nos revelaria o Senhor todas estas coisas antes
mesmo de elas ocorrerem? A Bíblia nos apresenta uma convincente resposta:
“Certamente o Senhor Deus não fará coisa alguma, sem primeiro revelar seu
segredo aos seus servos, os profetas.” Amós 3:7 (ênfase suprida)
O que podemos concluir do entendimento da profecia de Daniel 7? Cristo está
as portas, está voltando e virá ainda em nossa geração. Está você preparado?
Realmente já entregaste sua vida a Cristo? Estão seus pecados sendo
confessados ao nosso amorável Deus e Pai para que sejam finalmente
eliminados do santuário celestial? Ou você está fazendo planos para viver
mais cinqüenta anos nesta Terra? Permitirá você que este tempo de crise que
está tão próximo venha como ladrão?
Cristo está voltando, PREPARA-TE!
Que Deus te abençoe,
jairof@gasomax.com.br
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